Quando me lembro da minha infância uma imagem salta, muito viva, da minha mente – um balão vermelho!
Eu e meus irmãos, cansados de brincar no parque, deitamos na grama marcada por tantos pés de crianças e ficamos olhando o céu.
Vimos o balão vermelho, brilhante, subindo.
Imediatamente veio a vontade de ter um. Pedimos. Pedido negado!
Continuamos olhando o balão subir, subir... apertamos os olhos para não perde-lo de vista.
Se tivéssemos ganhado qualquer outro balão provavelmente teria tido o mesmo destino porque, se bem me lembro, todo fim de semana que íamos ao parque víamos um balão subindo, solitário, céu adentro, escapado das mãos de alguma criança.
Nunca deixamos escapar um balão. Nunca tivemos um.
Fico me perguntando, por que nunca ganhamos um? Que coisa doida! Talvez porque fatalmente acabaria explodido em contato com a grama ou perdido no ar sem destino.
Como os adultos podem magoar crianças com um simples pedido negado às vezes. Eles não percebem o que realmente tem valor no universo único de uma criança, principalmente quando esta crianças tem irmãos, ou colegas, ou amigos invisíveis.
Mas passou, como tudo. Lembranças não passam. Sentimentos não se esquecem. Vontades que não se realizam ficam na alma esperando respostas.
O melhor de tudo é que me lembro de um raro momento onde estávamos nós tres, unidos pelo balão vermelho que nos amarrava ao seu barbante pelo nosso olhar, pela vontade de resgatá-lo.
Hoje, mais de 40 anos depois, quando penso em meus irmãos, sinto falta de outro momento desses, onde estivemos tão juntos, por causa de um ponto vermelho no céu azul.
Gostaria que tivessem mais balões nas nossas vidas, azuis, amarelos, de todas as cores... Mas percebo agora que nós três, deitados na grama, rindo, tivemos a chance de ter o balão. Ele foi nosso! Gravado na mente, no meu coração.
O melhor de tudo é que me lembro de um raro momento onde estávamos nós tres, unidos pelo balão vermelho que nos amarrava ao seu barbante pelo nosso olhar, pela vontade de resgatá-lo.
Hoje, mais de 40 anos depois, quando penso em meus irmãos, sinto falta de outro momento desses, onde estivemos tão juntos, por causa de um ponto vermelho no céu azul.
Gostaria que tivessem mais balões nas nossas vidas, azuis, amarelos, de todas as cores... Mas percebo agora que nós três, deitados na grama, rindo, tivemos a chance de ter o balão. Ele foi nosso! Gravado na mente, no meu coração.
SANDRA DISSE
ResponderExcluir"Elaine!Que lindo! Vc esta escrevendo sobre felicidade, o que sempre procuramos. A felicidade é o momento nunca esquecido que desenhamos em lembranças. Voce me ensina ver as coisas simples, o quanto ela são belas. Está aí a nossa felicidade! Beijos e continue nos alimentado com coisas lindas!
OBS: Adorei a nova cara do blog, esta suave e com ar de primavera...quando as flores aparecem, sinal que estamos sempre nascendo dentro de nos mesmos!"
C.escreveu - "Olá menina, venho aqui, mais uma vez falar sobre seu blog. Cada vez que dou uma olhadinha, está lá mais uma linda história. Me pego em meus pensamentos, muitas lembranças voltam, sempre uma recordação,um sentimento... vejo um poema bonito, uma mensagem linda, um incentivo, palavras que te tocam de alguma forma. E hoje não foi diferente. A linda história do balão vermelho me arrepiou a alma.
ResponderExcluirSão simples coisas que mudam uma vida, pra bom ou para ruim. Na minha infância, tudo poderia ter sido diferente, mas não foi. Hoje, tento fazer da minha vida o meu AGORA. Muito bom dividir experiencias e conversar com alguém. Um abraço."
suave.
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