Domingo, 9 de maio de 2016. Dia das mães. Olhando as inúmeras fotos no Facebook fiquei embolada entre tristeza e alegria. Os nenéns, as fotos antigas das mães, das avós, de tantas mulheres que conheço e algumas poucas que ouvi falar e que posso perceber são todas agraciadas pelo carinho de seus filhos.
Aqui, embarcada, nesse mundo fragmentado onde vivo a internet é uma ferramenta indispensável para manutenção da nossa saúde psíquica, principalmente quando essas datas acontecem e estamos aqui, dentro d'água. Infelizmente nem todos conseguem entender assim - mas isso é outra história.
A figura da minha mãe vem vestida em uma colcha de retalhos colorida onde cada um deles é uma tia - hoje dá-se o nome de patch-work - muito chique! Elas estão incrustadas, que nem craca em casco do navio (no bom sentido) em todas as fases e memórias da minha vida. Irmãs da minha mãe - irmãs do meu pai - que sorte eu tive de poder conviver com essas mulheres únicas! Aprender, rir, confidenciar, chorar.
Dizem que avó é mãe com açúcar. Tia, pra mim, é mãe com pimenta! Explico: essas figuras incríveis e tão singulares são seres especiais que tem um pouquinho de mãe, irmã, fada, confidente, advogada, cúmplice, juíza, bruxa e anjo - muito tempero! Elas enfeitaram a existência com bolos, colo, café, chouriço, revistas, cachoeiras, banho de piscina, risadas, primos, primas, viagens, sotaques, palavrões, emoções e histórias infindáveis de suas próprias vidas.
Então, eu gostaria de agradecer porque fui abençoada por ter uma mãe. Pela sua generosidade e responsabilidade. Como seres humanos sabemos que elas não são perfeitas, pois também não somos! Mas só a coragem de nos aceitar como filhos e filhas, fazem essas mulheres especiais. Só entendo o amor de uma mãe como incondicional. E é o único assim. Infelizmente para muitas que abriram mão desta dádiva, só posso entender que existem explicações espirituais além do nosso alcance, pelo menos neste plano.
Porque mãe não é aquela que pari. Mãe são mulheres que amam e estão dispostas a renunciar o ego e colocar nos braços uma outra vida.
E mesmo assim, ainda sorriem quando seus filhos e filhas são acusados de "filhos-da-mãe" - claro! Todos nós somos!!!
Acredito que o dia das Mães seja uma ótima oportunidade para reavermos nossos valores. Ainda mais que o tempo passa - sem piedade - e não nos dá oportunidade de voltar e refazer o que foi feito estupidamente, ou fazer o que não foi feito - por ignorância. Todos nós envelhecemos e a única maneira certa de corrigirmos nossas loucuras é aceitar que somos infalíveis e abraçar o que a vida nos dá de graça - pessoas que nos amam! Nossa mãe! Se ela é boa ou má, certa ou errada, se fez ou não fez, já não mais interessa. Temos que deixar nosso coração captar um pouquinho desse amor - as vezes rude, mas nem menos amor - que nos foi dado e segurar os momentos bons. Para que guardar lixo?
Para minhas amigas, minhas primas, minhas colegas professoras, minhas colegas de trabalho, minhas tias, minhas irmãs - mães de todas elas, mães em horas infinitas... lembro de todos seus relatos, de todas suas histórias. Por isso sintam-se abraçadas com uma profunda gratidão por me darem o privilégio de conhecer esse amor maternal tão de perto e de me emocionar com ele.
Obrigada às minhas avós, bisavós, mulheres que não conheci mas que sei que, sem essa vontade guerreira, sem o espírito desbravador que carregaram, eu não estaria aqui!
Perfeito de amo!
ResponderExcluirPerfeito de amo!
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