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02 novembro, 2021
Lucilia
Deus
Deus para mim não é uma pessoa, ou um ser específico. É energia, equilíbrio. O grande bum do mundo para sustentar todas as nossas loucuras e nos centrar. Como se fosse um monolito ou uma aste que nos mantém esticados para cima, para não caiamos na terra, esborrachados.
Deus pra
mim é tudo. Está em tudo. Na flor que nasce, na semente que apodrece sem
germinar. Nas estações do ano, no lamento da chuva, na violência do vulcão. Deus
pra mim está em todas as células que fazem o elétrons girarem sem explicação. Deus
é divino. É o tudo e o nada. É uma órbita com gravidade inteligente que mantém
todos alinhados e conectados com FÉ.
Sim... essa
tal de fé que nos faz vibrar de forma medíocre quando queremos alguma coisa
muito egoísticamente. Aí temos fé... que piada.
E isso tem a ver com Deus também, afinal, não foi essa inteligência inexplicável que criou tudo?
Será?
E se nos
criou à sua imagem e semelhança, então também “ele” é imperfeito. E nós
buscamos uma perfeição que não existe e somos satélites do nosso próprio mundo
de faz de conta pensando que somos muito importantes.
Tá bom,
somos sim, importantes porque não existe ninguém igual a mim. Pelo menos não
aqui nesse mundinho, nesse plano, nesse ínfimo átomo de nanoareia onde existo –
que sou eu. E se houver um monte de “eus” por aí, me olhando assim, bem do
outro lado do espelho? Cada uma delas separada por uma tênue cortina de
partículas invisíveis onde nosso corpo físico não tem acesso... acho que ando
vendo filmes de ficção demais!!!
Mas é isso.
Deus é um cara muito esperto. Não dizem por aí que enquanto fazemos planos ele
ri? Então, devemos ser uma piada constante mesmo. Porque ele foi muito
inteligente ao nos dar o tal do livre arbítrio e ficar lá, sentado, só
observando... “Agora, meus filhos, resolvam os problemas de vocês!”
Não quero
parecer sarcástica nem revoltada. Na verdade a sensação de Deus está aqui,
dentro de mim. É essa vontade de levantar todos os dias e ajudar alguém,
inexplicavelmente. Essa energia vibrante que nos faz suportar tudo e sustentar
nossa vida. Até nos atos mais sórdidos nosso instinto de sobrevivência
prevalece – só Deus sabe o porquê! – porque é “ele” quem nos sustenta.
Enfim, Deus
é uma explicação diferente para cada um de nós porque, como disse antes, somos
diferentes. Experiência, valores, personalidade, caráter, emoções... embora
exista um parâmetro genérico, a essência divina prevalece em nós. E é essa
essência que nos faz únicos.
Independentemente
de gênero, raça, religião, nacionalidade, gostos, ações, síndromes, doenças,
etc., estamos todos juntos no mesmo barco-planeta.
Só sei que
no final, o respeito deveria existir por sermos simplesmente seres humanos,
irmãos na nossa vibração divina.
Simples
assim!