Minha alma caminha infinitamente neste mar de meu Deus, com seu mistério, seus ventos, seu sal.
Sal da energia que nos abençoa, na roda de cores infinitas, conectados no amor - mesmo que não saibamos.
Onde a terra, mãe eterna, abençoa todas as suas coisas com flores, cores, sabores. E está tudo em nossas mãos.
Que lindo, todos os minutos desta glória esplendorosa de energia: no dourado, no verde - uma canção! Onde cada ser se revela infinito.
Onde cada alma se senta para apreciar o coração de Deus e para descobrir que somos irmãos, que estamos ligados, que crescemos através do outro.
Cada ser faz parte dos mesmos átomos onde pó de estrelas correm em nossas veias.
Pois podemos aprender com um simples olhar, um sorriso, o cantar de um passarinho.
A intrincada arte de uma flor, um carinho num gatinho, o mistério da borboleta, a genuína alegria de uma criança, o simples poder de uma risada.
Em um jardim onde cores diferentes convivem harmoniosamente, inspiro o alento, recostada numa árvore e ouço vozes.
A paz me invade quando reconheço o amor em tantos olhares, onde não há quedas, não há medo.
Porque, quando reconhecemos que a vida é um presente, os problemas deixarão de ser impossíveis e a gratidão preencherá todos os corações.
Não haverá espaço para a dúvida. Dor e sofrimento serão compreendidos como ferramentas de construção.
A queda será recebida como apenas um movimento invertido e também de aprendizagem.
Solidão será o caminho para o auto-conhecimento e cada um de nós, um instrumento de generosidade, caridade, gratidão e amor.
Estaremos em busca, unicamente, do belo, do bom e do justo, para a simplicidade e felicidade da vida.